quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Artistas do Acre

       Hélio Holandanda Melo                                                                                                                                                                                       Nascido no dia 20 de julho de 1926 na Boca do Acre. Hélio Melo foi um artista plástico, compositor, músico e escritor brasileiro, nascido no Estado do Amazonas. Foi também seringueiro, no seringal Senapólis, catraieiro, na travessia de pessoas entre as margens do rio Acre, barbeiro e vigia de empresa estatal.                                                                                                                                        
 Melo cursou até a terceira série do 1ª grau e, aos oito anos de idade, já desenhava, como pintor autodidata, utilizando o nanquim e tintas naturais que preparava a partir do sumo que extraía de plantas.
Em sua homenagem, o governo do Acre criou um espaço cultural – o Theatro Hélio Melo – com capacidade de 150 lugares
                                                       
 Viveu sua infancia e juventude nos seringais Floresta e Senápolis, deixou o seringal aos 33 anos de idade, para conhecer novos mundos, já despontava autodidaticamente pequenos desenhos e rabiscos. Com a morte da mãe vai para a cidade de Rio Branco, inicia seus primeiros contatos com as artes e objetos de desenho. Como todo o seringueiro a sobrevivência era essencial, passou a trabalhar como catraieiro fazendo a travessia de pessoas no Rio Acre, com a chegada das pontes sobre Rio Acre deixou a atividade, iniciando o trabalho de barbeiro ambulante. No ano de 1975 começa a trabalhar como vigia. Em 1978 é incentivado por Genésio Fernandes e Gregório Filho então Presidente da Fundação de Cultura do Acre a produzir mais desenhos para expor na Biblioteca Pública, daí começa a surgir o artista Hélio Melo





Hélio Melo teve varias obras expostas no Brasil e também no exterior para se ter uma idéia da grandiosidade deste humilde artistas ai vai uma pequena lista com suas exposições:

  • Departamento de Atividades Culturais (DAC), Rio Branco, Acre, 1978 (Coletiva).
  • Centro de Artesanato, Rio Branco, 1978 (Coletiva)
  • Fundação Cultural de Brasilia, Distrito Federal, 1979 (Coletiva)
  • Universidade Federal do Acre, Rio Branco, 1979 (Coletiva)
  • Serviço Social do Comércio (SESC), Rio Branco, 1980 (Individual)
  • Serviço Social do Comércio (SESC), Galeria de Arte da Tijuca, Rio de Janeiro, 1980 (Individual)
  • Casa de Cultura de Pernambuco, Recife, 1981 (Individual)
  • Serviço Social do Comércio, Recife, 1981 (Individual)

        No Exterior:

  • Nouveau Salon de Paris, Paris, França, 1986 (Coletiva)
  • Museu de Smithsonian Institution (Amostra de desenho), Washington, EUA, 1988
  • Centro Missionário Diocesano, Chiesa de S. Cristoforo (Amostra de desenho), Luca, Itália, 1989
  • Amostra de desenho em Verona, Itália, 1989
  • Amostra de desenho em Florença, Itália, 1989
  • Amostra de desenho em Roma, Itália, 1989
  • Amostra de desenho em Pescara, Itália, 1989
  • Amostra no Fórum Global, Londres, Inglaterra, 1989
  • Exposição Itinerante Internacional "Arte Neo-Amazônica", Itália (Roma, Cremona, Mantova, Castel Goffredo, Grosseto), 1996.
      Este fúnebre artista também publicou várias obras e recebeu premiações.
  • História da Amazônia
  • Experiência do Caçador a os Mistérios da Caça
  • Os Mistérios da Mata
  • Os Mistérios dos Pássaros
  • Os Mistérios dos Peixes a dos Répteis
  • Via Sacra na Amazônia
  • Como salvar nossa Floresta
       Premiações:
  • Medalha de Mérito Cultural, conferida pela Universidade Federal do Acre, em 1988
  • Medalha de Honra ao Mérito, conferida pelo Colégio Acreano, em 1989
Lindas Obras de Hélio Melo








                                 
                                
                                           
                                             
                                                     
                                         
                                   

 A música apareceu como complemento natural de toda arte que existia dentro de Hélio Melo. Apesar de autodidata, compôs diversas músicas e se especializou em tocar cavaquinho e rabeca, sempre em estilo popular, como fazia questão de frisar. E essa “musica popular” de Hélio Melo é aquela música que há décadas é ouvida nos seringais, pequenos povoados acreanos e permanece impregnando corações e mentes dos que por aqui se criaram.
Ao conhecer a arte de Hélio Melo descobrimos que ele veio para a cidade e aqui espalhou sua arte, mas seu coração, este sim, nunca saiu e nem sairá do interior das florestas.


Referencias Bibliograficas: pt.wikipedia.org/wiki/Hélio_Holanda_Melo
                  altino.blogspot.com/2006/03/hlio-melo-e-o-acre.html
                 raifigueiredofigueiredo.blogspot.com/2008/09/ficha-tcnica.html                            almaacreana.blogspot.com/2009/10/helio-melo-arte-imita-vida.html

João Donato

 João Donato de Oliveira Neto nasceu em Rio Branco no dia 17 de agosto de 1934, mais conhecido apenas como João Donato, é um pianista, acordeonista, arranjador, cantor e compositor brasileiro.                                                                                                                                                    Donato foi amigo de todos os expoentes do movimento bossanovista, como João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Johnny Alf, entre outros, mas nunca foi caracterizado unicamente como tal, e sim um músico muito criativo e que promove fusões musicais, de jazz e música latina, entre tantos outros. Na década década de 1950, João Donato se muda para os Estados Unidos onde permanece durante 13 anos e realiza o que nunca tinha conseguido no Brasil: reincorporar a musicalidade afro-cubana ao jazz. Grava o disco A Bad Donato e compõe músicas como "Amazonas", "A Rã" e "Cadê Jodel". Retorna ao Brasil, reencontra a música brasileira que estava sendo feita no país, mas não abandona sua paixão pela fusão entre o jazz e ritmos caribenhos.                                                                                                                             Como arranjador participou de discos de grandes nomes da MPB como Gal Costa e Gilberto Gil.Entre as composições mais conhecidas do músico, estão: "Amazonas", "Lugar Comum", "Simples Carinho", "Até Quem Sabe" e "Nasci Para Bailar". Segundo o crítico musical Tárik de Souza: "Durante muito tempo, João Donato foi um mito das internas da MPB. Gênio, desligado, louco, de tudo um pouco.

 Filho de um major da aeronáutica, João Donato de Oliveira Filho e Eutália Pacheco da Cunha, nasceu em Rio Branco no dia 17 de agosto de 1934, mas 11 anos depois mudou-se para o Rio de Janeiro. Desde cedo demonstrou ter mais intimidade com a música, aos cinco anos já tocava acordeon.
João Donato nasceu em uma família musical, seu pai que era piloto de avião, nas horas vagas tocava bandolim. A mãe cantava e a irmã mais velha, Eneyda, pretendia ser concertista de piano. O caçula, Lysias, pendeu para as letras e se tornaria o principal parceiro nas composições com Donato.
 O primeiro instrumento de João foi o acordeão, no qual, aos oito anos, compôs sua primeira música, a valsa "Nini". Antes de completar 12 anos, o pai presenteou-lhe com acordeões de 24 e 120 baixos. Em 1945, Donato pai é transferido, e a família tem de deixar Rio Branco rumo ao Rio de Janeiro.
Em pouco tempo, passou a frequentar o circuito musical das festas de colégios da Tijuca e adjacências. Tentou a sorte no programa de Ary Barroso. Intransigente, Ary rodou o tabuleiro da baiana e sequer quis escutá-lo, sob a alegação de que "não gostava de meninos-prodígio".
Ao profissionalizar-se, em 1949, aos 15 anos, Donato já havia participado das jam sessions realizadas na casa do cantor Dick Farney e no Sinatra-Farney Fã Club, do qual era membro. Johnny Alf, Nora Ney, Dóris Monteiro, Paulo Moura e até Jô Soares, no bongô, estavam entre os componentes destas jams.
Na primeira gravação em que participa, como integrante da banda do flautista Altamiro Carrilho, Donato toca acordeão nas duas faixas do 78 RPM: "Brejeiro", de Ernesto Nazareth, e "Feliz aniversário", do próprio Altamiro. Pouco depois, migra para o grupo do violinista Fafá Lemos, como suplente de Chiquinho do Acordeom.
 Em 1951, com apenas 17 anos, namorou Dolores Duran, que tinha 21. O romance gerou polêmicas e preconceitos a época, por ela ser mais velha que ele. Após um tempo, João resolveu se separar dela por causa das brigas da família do casal. Assim, ele a deixou e foi morar no México.Em seguida, Donato passa uma temporada de dois anos em São Paulo. Quando volta ao Rio, a Bossa Nova estava deflagrada. Ainda em 1958, grava "Minha saudade" e "Mambinho", em parceria com João Gilberto.
 A partir de 1953, agora como pianista, Donato passa a comandar suas próprias formações instrumentais,– Donato e seu Conjunto, Donato Trio, o grupo Os Namorados – com quem lança, em 78 RPM, versões instrumentais para standards da música americana (como "Tenderly", sucesso de Nat King Cole) e brasileira (como "Se acaso você chegasse, do sambista gaúcho Lupicinio Rodrigues).                                                                                                                                                                          A convite de Nanai (ex integrante do grupo Os Namorados) parte para uma temporada de seis semanas em um cassino Lake Tahoe (Nevada) Donato adaptou as influências do jazz com a música do Caribe, como integrante das orquestras de Mongo Santamaría, Johnny Martinez, Cal Tjader e Tito Puente. E excursionou com João Gilberto pela Europa.
  Em 1957, para tocar na boate do Hotel Plaza. Quando Donato chega, ele se torna o responsável por fazer do local um reduto de músicos. Tocava-se de tudo na boate do Plaza, de jazz ao baião. Só que Donato transfigurava o baião a tal ponto que, se Luiz Gonzaga entrasse lá por acaso, não seria capaz de reconhecer o ritmo que ajudou a criar. Nessa época, veio da Bahia um outro João, que mudaria a história da música brasileira e se tornaria amigo de João Donato: João Gilberto. Quando conheceu pessoalmente João Gilberto, no início dos anos 50, Donato era um músico mais evoluído e já possuía a fama de excêntrico. Tornaram-se amigos inseparáveis, já que as afinidades não ficavam apenas no plano musical; tinham também o mesmo comportamento imprevisível e anti-social. Juntos, faziam visitas periódicas ao Instituto Pinel, em Botafogo, só para observarem os loucos. Sabe-se lá por que faziam programas do tipo, mas a verdade é que por estarem sempre juntos acabaram acentuando suas esquisitices e, mais importante, suas experiências musicais. Pode-se dizer que o encontro dos dois Joões foi de extrema importância para os rumos que a música brasileira tomaria nos anos subseqüentes.

No Natal de 1972, Donato foi ao Rio e à casa do compositor Marcos Valle, onde encontrou o cantor Agostinho dos Santos, que sugeriu a Donato letrar suas criações instrumentais. Sendo assim, alguns temas de Donato ganharam letras e ganharam contornos de canção popular. Valle convidou-o a gravar um novo disco no Brasil, com o repertório formado a partir deste novo cancioneiro. O episódio é contado por Donato: "Eu ia gravar instrumental dentro de alguns dias e o Agostinho dos Santos falou: ‘Vai gravar tocando piano de novo? Todo mundo já ouviu isso. Se fosse você, eu gravaria cantando". A partir deste momento Donato deixa de ser integrante exclusivo da seara instrumental e entra para a MPB. Além de Gil, Martinho e Lysias, Chico Buarque, Caetano Veloso, Cazuza, Arnaldo Antunes, Aldir Blanc, Paulo César Pinheiro, Ronaldo Bastos, Abel Silva, Geraldo Carneiro e até o poeta Haroldo de Campos e o fonoaudiólogo e escritor Pedro Bloch tornaram-se parceiros de João.
O disco "Quem é quem", lançado pela Odeon, em 1973 traz as músicas "Terremoto", "Chorou, chorou" (ambas com letra de Paulo César Pinheiro"), "Até quem sabe" (com Lysias), "Cadê Jodel?" (com Marcos Valle). Até Dorival Caymmi manda uma música inédita, "Cala a boca, Menino". Em carta enviada a João Gilberto, em 13 de setembro de 1973, Donato não esconde o entusiasmo: "É o meu melhor trabalho em discos até o momento, tendo-se em conta o tempo que demorou, o que demonstra o máximo cuidado com que tudo aconteceu. E o resultado é um disco que eu simplesmente acho adorável". Também foi considerado um dos 100 melhores discos de todos os tempos pela Revista Rolling Stone.                               Em 2008 "Quem é Quem" foi tema de programa inteiramente dedicado a ele, pelo Canal Brasil, apresentado por Charles Gavin; e de livro escrito pelo produtor e músico Kassim.

               
                               
 Pela Biscoito Fino, saíram os encontros instrumentais com Paulo Moura ("Dois panos pra manga", 2006) e Bud Shank ("Uma tarde com", este também em DVD). Pela Biscoito, Donato fez ainda o DVD "Donatural" (2005), onde recebe – em gravação ao vivo no Espaço Sérgio Porto, no Rio – diversas gerações de parceiros: de Gilberto Gil ao DJ Marcelinho da Lua; de Emilio Santiago a Marcelo D2; de Leila Pinheiro a Joyce, com direito a Ângela Rô Rô e o filho Donatinho, fera dos teclados e dos samplers.
João Donato vive no bairro da Urca, no Rio. Ele é casado com a jornalista Ivone Belem, desde 2001. É pai de Jodel, Joana e Donatinho.
                          
                                
                          
Referencias Bibliograficas: 
pt.wikipedia.org/wiki/João_Donato
historiasbossanova.blogspot.com/2007/09/1-os-precursores.htmlwww.youtube.com/watch?v=Tru32cjMtAQ
www.youtube.com/watch?v=-yzlbCrn8cg

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